Pinha Portuguesa esférica em cerâmica de Nando de Zezinho de Tracunhaém (média)

Pinha Portuguesa esférica em cerâmica, em tamanho médio, é uma peça única, feita de forma artesanal pelo artista Nando de Zezinho. Nessa peça, o artesão faz uma releitura das pinhas portuguesas, que no Período Colonial eram usadas para demonstrar riqueza e ornamentavam áreas externas, como muros, castelos e escadarias de mansões. O formato esférico ornado por uma ponta que apresenta o mesmo trabalho de pequenos grãos de barro de toda a esfera, exige, para ser concluída, uma sequência de processos: a base quadrada é modelada em formas de gesso, a coluna que a sustenta e a forma da pinha são esculpidas manualmente no torno; os relevos são acrescentados ao término da obra. É um processo lento que exige domínio sobre as etapas.

A Pinha é um dos mais misteriosos símbolos encontrados na arte e na arquitetura antiga e moderna. Ela faz alusão ao mais alto grau de iluminação espiritual. Este símbolo é representado em diversas culturas antigas, e pode ser encontrado nas ruínas dos indonésios, babilônios, egípcios, gregos, romanos e cristãos, para citar alguns. Ela também aparece nos desenhos das tradições esotéricas, como a Maçonaria, a Teosofia, o gnosticismo e o cristianismo esotérico. É comum que alguns símbolos tenham significados diferentes conforme a cultura em que está inserida, mas no caso da pinha possui o mesmo significado para todos: símbolo de fortuna e prosperidade, representando a força vital e a eternidade. Esse tipo de peça é super versátil e pode combinar com vários ambientes da casa. Ainda, a aparência da cerâmica terracota combina demais com um estilo mais rústico e boho, marcando presença em áreas internas e externas.

Origem: Tracunhaém (PE).

Material: Argila.

Observação: Produtos artesanais podem apresentar alterações de dimensões e variações de cores, o que não caracteriza falhas na peça.

Artista: Nando de Zezinho, ou, simplesmente, Zezinho Filho, filho do lendário Zezinho de Tracunhaém (1939-2019), segue criando suas peças no ateliê em que seu pai trabalhou. Nando marca sua trajetória transformando-se a partir do legado artístico do pai, modelando peças menores, cujo carro-chefe são as pinhas, mas exibindo o mesmo entusiasmo pelo trabalho com o barro herdado de Zezinho. Sua principal motivação é manter vivo o nome do pai, a tradição iniciada por Mestre Zezinho, declarado Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2007, artesão que fez da arte santeira sua expressão maior, consagrando-se por esculturas religiosas de grandes dimensões, encontradas em acervos de igrejas, museus e coleções particulares, como o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (PE), Museu Casa do Pontal (RJ) e Palácio do Planalto.

Medidas: A-31cm L-16cm P-16cm                 Peso: 1745 gramas